Pandemia acelerou digitalização da economia brasileira, abrindo diversas oportunidades de investimento
A volta recente do debate sobre regras fiscais aprofundou a instabilidade econômica e política que tem marcado o Brasil nos últimos anos. Ante a grave crise social que o país enfrenta, com alta inflação e desemprego, o atual governo se viu obrigado a liberar espaço no orçamento para financiar um novo programa de distribuição de renda.
A solução encontrada foi a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios, que prevê o parcelamento de dívidas judiciais da União com pessoas físicas e jurídicas. Além do parcelamento, a proposta (atualmente em tramitação no Senado) visa revisar o chamado “teto de gastos”, regra que limita o crescimento de despesas públicas à inflação.
A PEC dos Precatórios ligou o sinal amarelo no mercado, que vê com bons olhos o teto de gastos e teme uma onda de irresponsabilidade fiscal combinada à crise social. O momento é delicado e inspira preocupação.
Há, porém, uma série de fatores que levam agentes econômicos a acreditar que o Brasil ainda é um grande destino de investimentos, com vantagens sobre outros países da América Latina.
Para além da crise
Apesar da instabilidade e dos ruídos, analistas apontam que o Brasil conta com ferramentas para vencer a crise. Desde a década de 1990, o país tem apresentado certa continuidade de princípios na política econômica, independentemente da orientação dos diferentes governos. Embora haja muitos matizes que geram debates, pode-se dizer que tal política ainda é sólida.
A democracia brasileira também tem mostrado resiliência. Nos últimos meses, após reposicionamentos da Presidência da República em busca de governabilidade, o tema de uma suposta ameaça de ruptura institucional vem perdendo força no debate público.
Como afirmou Rodrigo Briozzo, da S&P Global, para a BBC News Brasil, “se por um lado as reformas emperram pela necessidade de consenso político grande pra mudar a Constituição, por outro o país tem uma democracia consolidada, histórico de respeito às regras e não achamos que isso virá a mudar tão rapidamente”.
Dinamização da economia e novas oportunidades
A pandemia de covid-19 foi certamente o principal fator da instabilidade econômica brasileira. Essa mesma pandemia, porém, abriu uma série de oportunidades de negócio, sobretudo na área da tecnologia. Uma mostra clara disso é o contraste entre a saída de grandes multinacionais e a chegada de bilhões em investimentos de startups estrangeiras.
O cenário aponta para a dinamização do mercado brasileiro, não só com maior variedade de produtos e serviços, mas também com maior presença da tecnologia no cotidiano. A pandemia, afinal, acelerou em décadas a inclusão digital do brasileiro. Para ficar apenas em dois exemplos, basta mencionar o processo de bancarização da população (antes bastante falha) e o crescimento vertiginoso do comércio eletrônico.
Nesse contexto, os ruídos políticos têm ficado em segundo plano para startups globais que desejam acessar um mercado de 200 milhões de pessoas. Como disse Fernando Prado, da gigante indiana Byju’s, à Folha de S. Paulo, “O Brasil é grande o suficiente para compensar qualquer dificuldade que possa ter”.
Vale destacar, ainda, que a população brasileira é não só volumosa, mas carente de serviços de qualidade e bastante aberta a inovações. Em diversas áreas, há uma demanda reprimida no país, e qualquer sinal de recuperação econômica deve recompensar rapidamente as startups que decidiram apostar no Brasil.
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