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Insights

A Bolsa de Valores e o novo investidor

A quantidade de pessoas físicas investindo na Bolsa de Valores brasileira – Brasil, Bolsa e Balcão (B3) é cada vez maior. E o ano de 2020 foi um marco neste sentido. 

Apesar da alta volatilidade do mercado brasileiro nos últimos anos, ou melhor, nas últimas décadas, as pessoas têm se interessado cada vez mais nas possibilidades de ganhos financeiros com ações e outras aplicações.

Mas, qual é a causa disso? Quais as possíveis consequências deste movimento na bolsa? 

Mais pessoas físicas do que jurídicas investem na Bolsa de Valores

É grande a quantidade de “CPFs” inscritos na B3, mas esse movimento vem se desenhando há alguns anos. Em 2002 eram apenas 85.000 pessoas inscritas. Quatro anos depois, o número quase triplicou: 219.000 pessoas.

The número de pessoas físicas na bolsa superou os 3 milhões em setembro de 2020. Considerando que há cerca de 30.740 empresas inscritas, é preciso analisar quem responde pelas maiores movimentações.

O que causou esse aumento dos números? Quem é esse novo investidor? Como ele investe? Ele veio para ficar? 

Taxa Selic, Influencers e Bolsa de Valores

A posição das pessoas físicas que investem na B3 passou de R$ 344 bilhões em 2019 para R$ 380,99 bilhões em outubro de 2020, segundo os economistas da XP Investimentos

Essas pessoas foram atraídas por diversos motivos, mas o principal deles é que a Selic tem uma das menores taxas da história, apenas 2%.

Isso diminuiu consideravelmente o rendimento da poupança, tesouro direto, CDBs, renda fixa e outros investimentos atrelados à Selic. Logo, a mudança para outro investimento mais rentável, ainda que mais arriscado, passou a ser uma possibilidade tentadora.

Entre os segmentos tentadores, está o setor de eletrodomésticos. Ele ocupa o 3º lugar entre os sete que movimentam em média mais de R$ 1 bilhão por dia.

Além do alto volume de negociação, a pandemia do coronavírus é um dos fatores que despertou o interesse dos brasileiros em investirem na Bolsa de Valores. O número de pessoas físicas na B3 cresceu 52% entre março e setembro de 2020

A nova rotina de muitas pessoas em teletrabalho ou mesmo desligando-se das empresas garantiu tempo para que as pessoas pesquisassem sobre investimentos.

Para muitos novos investidores, a internet e as plataformas digitais foram tanto seu primeiro contato quanto sua principal fonte de informação no assunto antes de investirem.

A partir dessas pesquisas, os influencers são os responsáveis por levar aos interessados um grande volume de informações sobre como fazer esses investimentos.

Por isso, as pessoas conhecem melhor como funciona a B3 e, principalmente, as possibilidades e riscos, e assim ficam mais seguras em investir.

Quem é esse investidor?

A maioria dos novos investidores – 74% deles, é homem. A idade média é de 32 anos e ganham até R$ 5.000 por mês. A região Sudeste é a que trouxe mais investidores – 52%, seguida pelo Sul – 21% e Nordeste – 16%.

Quanto ao trabalho, a maioria – 62% trabalha em tempo integral e os estudantes são 11%, assim como os empresários e donos de negócios próprios. A grande maioria – 64% – tem entre 25 e 44 anos. Os jovens entre 18 e 24 anos representam 26% dos investidores. 

Como ele investe na Bolsa de Valores?

O valor do primeiro investimento tem sido menor – 58% a menos que em 2018, para ser exato. Os valores médios caíram de R$ 1.916 em 2018 para R$ 660 em outubro de 2020. 

Mas apesar de investirem relativamente pouco, este público tem se mostrado cada vez mais interessado em diversificar sua carteira: em 2016, 78% das pessoas físicas detinham somente ações. Em 2020, este número baixou para 54%, pois outros produtos passaram a figurar entre suas opções de investimento. 

De onde vem o dinheiro investido?

A maioria trouxe novos recursos, ou seja, não resgatou outras aplicações para investir. Já metade entre os que resgataram outros investimentos (43%), retirou o dinheiro da poupança que, vem apresentando baixo rendimento, inclusive abaixo da inflação, devido à queda da SELIC.

Este é um ótimo dado para o mercado, pois aponta a entrada de novos capitais, que até então não estavam aplicados. 

Os novos investidores vieram pra ficar?

O consumidor, mais informado sobre como funciona o mercado de ações, está aprendendo quais são seus ritmos e riscos e, de acordo com a pesquisa da B3, provavelmente não vai abandonar os investimentos na Bolsa quando levar o primeiro susto.

Ainda segundo a pesquisa, as pessoas que começaram a investir em 2020 estão permanecendo por mais tempo do que investidores de anos anteriores.

Outro ponto interessante: somente a necessidade de dinheiro (64%) ou a queda da rentabilidade (28%) dos entrevistados, seriam motivos para a retirada dos investimentos.

Isto mostra certa maturidade e maior compreensão sobre o comportamento das ações na bolsa. 

Qual é o impacto desses investidores no mercado e na economia?

O crescimento no número de pessoas físicas investindo na B3 é sinal do aumento de maturidade financeira e isso reflete no desenvolvimento econômico do país. 

Além dos investidores, que podem ter ganhos e rendimentos, as empresas nacionais também são beneficiadas, pois não precisam ficar atreladas aos financiamentos bancários ou estatais para levantar recursos com o objetivo de expandir seus negócios, estruturas ou operações. 

Neste sentido, a atração de novos investidores é sinal de uma economia com potencial de crescimento e o mais importante: gerando cada vez mais confiança. 

Alguns especialistas acreditam que a B3 tem potencial para atrair e reter até 10 milhões de investidores. E este crescimento reflete nas possibilidades e formatos de investimento.

O mercado aquecido também é atrativo para investidores que desejam estabelecer negócios no Brasil. É um jogo onde todos os players, se bem informados, preparados e atentos, podem sair ganhando. 

Se a sua empresa quer aproveitar este momento e precisa de um parceiro no Brasil, conte com a gente. Há mais de 25 anos somos os parceiros de confiança de grandes empresas estrangeiras em território nacional. Fale com um de nossos especialistas. 

Acesse o relatório completo da B3 clicando aqui e saiba mais sobre o perfil e comportamento do investidor pessoa física na Bolsa. 

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