BASF, Nike, Wrangler, Lee, Qatar Airways, Emirates e Air New Zealand. Esta é apenas uma pequena lista das empresas estrangeiras que estão deixando a Argentina.
Algumas estão mudando suas plantas para outros países, enquanto outras simplesmente deixam de atuar na região. Mas quais são os motivos desta fuga das terras argentinas?
Uma convergência de problemas
O mercado argentino tem sentido cada vez mais as consequências da forte crise atual, apesar de estar relativamente acostumado às crises econômicas.
Essa crise tem origem em diversos fatores que culminaram em um cenário apontado como catastrófico por muitos economistas e analistas.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o PIB – Produto Interno Bruto apontava para uma queda de 12,90% no ano de 2020.
Este percentual é pior, inclusive, que a crise do corralito, episódio que marcou o país em 2002. Nele, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma baixa de 10,9%.
Para complicar o ano de 2020, que já começava difícil para os argentinos, a pandemia do novo coronavírus veio derrubar ainda mais a economia, que está em recessão desde 2008. O peso despencou em relação ao dólar, a inflação subiu e elevou o número de desempregados.
Além disso, morreram mais de 34 mil pessoas e foram registrados 1,6 milhão de casos de contágio.
A extensa quarentena exigida pela pandemia desde março de 2020 provocou o fechamento de mais de 60.000 pequenas e médias empresas (PMEs).
O cenário pessimista e as empresas estrangerias
O economista Raul Ochôa aponta que o cenário negativo, marcado pela inflação que fechou 2020 em 35% e o aumento da pobreza, gera desconfiança.
Sendo assim, fica cada vez mais evidente que o país, tanto em capacidade produtiva quanto pelo tamanho de seu mercado consumidor, não é um bom investimento para as multinacionais.
Além da pandemia, que é um acelerador para a saída destas empresas, outros pontos importantes pesaram na estratégia de abandonar o país.
Entre eles destacam-se os impostos muito altos – que passam os 33% – e a legislação trabalhista muito rígida.
E a Ford?
A Ford é uma empresa estrangeira que saiu do Brasil, mas preferiu continuar em terras argentinas, indo na contramão de outras multinacionais.
Inclusive, a montadora anunciou um investimento de R$ 580 milhões na sua fábrica no país. Na mudança estratégica comercial, a empresa opta por focar todos seus esforços no nicho das picapes, veículos nos quais a Argentina é referência na fabricação.
Por esse motivo é natural a permanência da operação no país. A Nissan anunciou em agosto de 2020 investimentos de US$ 130 milhões no país, enquanto muitos especulavam quais seriam os modelos fabricados.
É nesse contexto que Brasil e Uruguai registram bons resultados em oportunidades geradas a partir da saída de empresas estrangeiras da nossa vizinha territorial.
Entre essas empresas, a Basf tem destaque. A empresa seleciona startups no programa de aceleração AgroStart em parceria com a Mercedes-Benz. Isso prova que muitas empresas do segmento automotivo continuam investindo no Brasil.
Multinacionais argentinas enxergam oportunidades aqui
A argentina Biogénesis Bagó está entre as três empresas que mais crescem no mercado veterinário brasileiro. Já são mais de 40 milhões muito bem investidos na operação instalada em nosso país.
A Globant também segue a mesma trilha de sucesso, implementando soluções no maior grupo hospitalar do Brasil, a Rede D´Or.
Há inúmeras oportunidades, que ainda são estimuladas pela escalada do dólar. Porém, aproveitar o momento para estabelecer negócios no Brasil requer uma estrutura de representação legal experiente, para que não haja surpresas diante da máquina burocrática brasileira.
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